domingo, 31 de março de 2024

Com viés sustentável, Cervejaria do Grupo EZOS investe em logística reversa

Detentora das marcas Saint Bier, Barco, Coruja e Catarina possui selo ‘eureciclo’, a partir da compensação ambiental das embalagens de todos os produtos produzidos pela indústria Cada vez mais, as empresas têm direcionado seus focos para práticas que valorizem as ações em prol do meio ambiente, da sociedade e da governança (ESG). Nesse contexto, como maneira de reforçar seu viés sustentável, a Cervejaria do Grupo EZOS tem investido em logística reversa. A partir da compensação ambiental das embalagens de todos os produtos fabricados pela indústria, a detentora das marcas Saint Bier, Barco, Coruja e Catarina obteve, inclusive, o selo ‘eureciclo’. Em um país com mais de 200 milhões de habitantes, conforme dados do Censo Demográfico de 2022 divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o compromisso com o desenvolvimento sustentável se torna ainda mais crucial. E a logística reversa visa otimizar o ciclo de vida dos produtos, contemplando tanto sua fabricação quanto o descarte adequado. E, nesse caso, na reciclagem para que possam ser reintroduzidos no mercado. Um olhar à sustentabilidade Por meio de parceria com uma empresa especializada, 30% de todas as embalagens lançadas no mercado pela Cervejaria são recicladas. Essa abordagem não apenas reduz os resíduos, mas também contribui para a economia circular, diminuindo a necessidade de novas matérias-primas. O vidro, por exemplo, frequentemente utilizado nos envases da indústria, pode ser empregado em novas embalagens para indústrias alimentícias, farmacêuticas e químicas; ser um dos componentes da lâmpada; lã de vidro, utilizada na construção civil; entre outras possibilidades. Além desse material, também são reciclados papelão, alumínio, metal e plástico, visto que a empresa deve compensar tanto as embalagens primárias, que estão em contato direto com a bebida, quanto as secundárias, usadas para agrupar determinado número de produtos e criar uma unidade de estoque. Preocupação de todos A preocupação por questões relacionadas ao meio ambiente é uma demanda cada vez mais latente. Dados divulgados em 2021 pela Opinion Box mostram que, pelo menos, 82% dos brasileiros consideram a sustentabilidade um tema importante para o cotidiano. “Nossa meta é chegarmos cada vez mais próximos do 100% e, quem sabe, um dia atinjamos 200% de reciclagem das nossas embalagens”, frisa a supervisora de Qualidade da Cervejaria detentora das marcas Saint Bier, Barco, Coruja e Catarina, Bárbara Marcon Bez Batti. Além do benefício ambiental, a comunidade também é impactada pela iniciativa, já que cooperativas de reciclagem locais são contratadas para a compensação respectiva das embalagens, que devem corresponder a quantidade de produtos comercializados em cada estado do Brasil. “Outro ponto positivo é a diminuição da emissão de combustível, que seria elevada caso trouxéssemos os resíduos para serem destinados corretamente aqui na indústria”, destaca Bárbara. Sobre a Cervejaria Consolidada principalmente no solo catarinense no que diz respeito à produção de cervejas artesanais, a Cervejaria do Grupo EZOS iniciou suas atividades em 2007, na cidade de Forquilhinha (SC). De abrangência nacional, é detentora das renomadas marcas Saint Bier, Barco, Coruja e Catarina, somando mais de 70 produtos em seu portfólio, além de um pub no município forquilhinhense. Juntamente com a JS Empreendimentos, o Criciúma Shopping, a Mark At Place e a Fumacense Alimentos – com as marcas Kiarroz e RisoVita –, a Cervejaria das marcas Saint Bier, Barco, Coruja e Catarina faz parte do Grupo EZOS, um grupo econômico lançado em 2020 com um sistema de gestão inovador, por conta da criação do primeiro Centro de Serviços Compartilhados do Sul catarinense. Texto e foto: Catarina Bortolotto

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

AfroReggae neutraliza emissões de CO2 com reflorestamento na horta do Morro do São Carlos.

 

As ações de hoje, refletem no amanhã: AfroReggae neutraliza emissões de CO2 com reflorestamento

O Grupo AfroReggae, que está prestes a completar 31 anos no mês de janeiro, plantou cerca de 50 árvores frutíferas, sendo 20 pitangueiras, 10 goiabeiras, 10 pitombeiras e 10 amoreiras, na horta do Morro do São Carlos.

"Plantamos as árvores com 1 metro de distância de uma para outra, ocupamos uma boa área com o plantio. Nossa meta é termos uma grande área reflorestada" comentou a Karla Soares Técnica Social do AfroReggae.

A iniciativa é uma contrapartida para compensação de parte do carbono gerado pelo show do cantor Belo, no dia 18 de novembro, no Píer Mauá, no Centro do Rio de Janeiro. A ação foi realizada com apoio do Espaço da Juventude da Unidade Estácio de Sá que é mantido pela Secretaria Especial da Juventude na Prefeitura do Rio de Janeiro. Com o lema, juntos somos mais fortes, o AfroReggae representado por João Paulo Garcia e Karla Soares, contaram com ajuda dos jovens do Pacto da Juventude e moradores da região.

O Grupo AfroReggae vem mostrando cada vez mais a preocupação com o meio ambiente. "Seja audiovisual, shows, campeonatos de games. A sustentabilidade é um dos pilares para o sucesso de seu projeto" comenta João Paulo Garcia, coordenador do Grupo AfroRegggae.

Não tem como pensar no meio ambiente de forma apartada da questão social, na realidade, a preocupação ambiental não é uma preocupação apenas com a natureza, é um cuidado com o ser humano.

 

 

quinta-feira, 23 de março de 2023

Biogás produzido com bagaço de maçã pode minimizar o uso de combustível fóssil na indústria

Ricardo Muniz | Agência FAPESP – Cientistas das universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e Federal do ABC (UFABC) utilizaram com sucesso bagaço de maçã para produzir biogás. A pesquisa, publicada na revista Biomass Conversion and Biorefinery, está inserida na filosofia de “economia circular”, cujos princípios são redução de custos, fechamento dos ciclos de produção de resíduos e avanço da reutilização e reciclagem de bioenergia e biomateriais.

A maçã está entre as frutas mais consumidas em todo o mundo, tanto in natura como processada em suco, vinagre e cidra, entre outros. Mas os subprodutos gerados pela indústria são geralmente descartados sem qualquer aplicação posterior. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a produção mundial de maçã em 2020 foi de quase 86,5 milhões de toneladas. China (46,85%), Estados Unidos (5,38%) e Turquia (4,97%) são os produtores mais destacados.

“A biorrefinaria com tecnologia de digestão anaeróbia gera energia elétrica e térmica, reduz emissões de gases de efeito estufa e valoriza o resíduo, convertido em adubo orgânico”, explica Tânia Forster Carneiro, que concluiu o doutorado em engenharia de processos industriais na Universidade de Cádiz (Espanha) em 2004 e atualmente leciona na Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp, na área de bioengenharia e biotecnologia.

Como explica a pesquisadora, digestão anaeróbia é um processo microbiológico que envolve consumo de nutrientes e produção de metano. A digestão anaeróbia do tipo seca (com concentração total de sólidos dentro do reator acima de 15%) é considerada um tratamento interessante para resíduos orgânicos sólidos e uma destinação final mais adequada ambientalmente quando comparada com aterros sanitários.

Os resultados mostram um rendimento de 36,61 litros (L) de metano por quilo de sólidos removidos, o que pode gerar 1,92 quilowatt-hora (kWh) de eletricidade e 8,63 megajoules (MJ) de calor por tonelada de bagaço de maçã. A bioenergia recuperada pela indústria poderia suprir 19,18% de eletricidade e 11,15% de calor nos gastos operacionais do reator. Assim, os biocombustíveis e a bioeletricidade podem contribuir para as políticas públicas, reduzir o consumo de combustíveis fósseis e a emissão de gases de efeito estufa procedentes dos resíduos orgânicos.

Transição energética

O grupo de pesquisa constatou que a emissão evitada de gases de efeito estufa gerados pelo biogás representou 0,14 quilograma (kg) de dióxido de carbono (CO2) equivalente de eletricidade e 0,48 kg de CO2 equivalente de calor por tonelada de bagaço de maçã. “A tecnologia de digestão anaeróbia é estável e pode ser implementada em indústrias de pequena e média escala, auxiliando na transição para a economia circular e oferecendo uma melhor destinação para os resíduos de frutas, o que é uma alternativa para a valorização de subprodutos, proporcionando ganhos para a cadeia produtiva”, diz Carneiro.

O trabalho também é assinado pelos estudantes e pesquisadores da FEA-Unicamp Larissa Castro Ampese (doutoranda), William Gustavo Sganzerla (doutorado direto), Henrique Di Domenico Ziero (doutorando) e Josiel Martins Costa (pós-doutorado), além do professor Gilberto Martins (Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas da UFABC). As pesquisas recebem uma série de apoios da FAPESP (18/14938-4, 19/26925-7 e 21/03950-6).

Carneiro e Sganzerla publicaram recentemente artigo sobre a tecnologia de digestão anaeróbia que produz metano a partir de bagaço de malte da indústria cervejeira, demonstrando detalhadamente o ganho em energia elétrica e térmica por meio de cálculos de balanço de massa e energia de todos os fluxos de entrada e saída. Para cada tonelada de bagaço de malte é possível produzir 0,23 megawatt-hora em energia elétrica (leia mais em: agencia.fapesp.br/38702/).

O artigo Valorization of apple pomace for biogas production: a leading anaerobic biorefinery approach for a circular bioeconomy pode ser lido em: https://link.springer.com/article/10.1007/s13399-022-03534-6.
 


Este texto foi originalmente publicado por Agência FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.

Faculdade Canção Nova realiza 10º Simpósio Fé e Razão

Entre os dias 21 e 23 de março de 2023, os alunos da Faculdade Canção Nova, e interessados, em geral, poderão acompanhar, gratuitamente, online, o “10º Simpósio Fé e Razão”, com o tema: “Teologia, Filosofia e Ecologia integral: A vida sustentável na Encíclica Laudato Si”. Os alunos que forem participar presencialmente, e demais interessados que participarão online, não precisam fazer a inscrição prévia. Serão três palestras: no primeiro dia às 9h, com o professor Dr. Lino Rampazzo, que falará sobre “A perspectiva da ecologia integral na Encíclica Laudato Si: a questão do cuidado da casa comum”. Nos outros dias, às 8h, com o bispo emérito da Diocese de Lorena (SP), Dom Benedito Beni dos Santos, que abordará: “A educação e a espiritualidade ecológicas: novas convicções, atitudes e estilo de vida”. E no último dia, com o Prof. Me. Lúcio José Rangel, que falará sobre “O aspecto da ação política na Encíclica Laudato Si: meio ambiente como projeto comum”. Para acompanhar o Simpósio, basta acessar a página da Faculdade Canção Nova no YouTube: @faculdadecn